Moradores do Conjunto Habitacional Nova Itamarandiba realizam manifestação e cobram uma solução quanto à grande quantidade de poeira que afeta as casas

Ago 29, 2016 Escrito por 
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A manifestação pacífica começou por volta das 6 horas da manhã de hoje, dia 29 de agosto de 2016,e contou com a presença da comunidade e Polícia Militar.

Segundo manifestantes, a reivindicação foi realizadapara que o DER ou órgão responsável asfalte a MG-214, do perímetro urbano até a chegada na empresa Aperam e do Anel Rodoviário, de onde é proveniente a grande quantidade da poeira que afeta as casas.

Hoje, após a intervenção de conciliação da Polícia Militar, caminhões da Aperam fizeram o trabalho molhando as vias de acesso e ficou acordado que a Prefeitura irá molhar todos os dias pela manhã e a tarde, para amenizar o problema. O ideal seria o asfaltamento desses pontos, o que resolveria o problema da população afetada. 

Reinaldo do Nascimento, presidente da Associação do Conjunto Habitacional Nova Itamarandiba, explica que há mais de 3 anos reside no local e desde então vem sofrendo com essa situação.

“Essa manifestação foi um desejo que já vem acumulado há muito tempo. Vi os relatos de várias pessoas doentes aqui, pessoas vindo de fora e jogando restos de boi, lixo aqui em cima e agora resolvemos realizar a manifestação devido à poeira. Quero agradecer à Polícia Militar, que foi muito complacente com a gente,entendeu a nossa reivindicação, que tudo ocorreu de forma pacífica e nos deram o grandeapoio. Eles correram atrás do Prefeito, que liberou as pipas para molhar a via e a gente liberou a passagem dos veículos.”,disse o presidente.

A revolta dos moradores têm fundamento, pois só quem mora lá sabe do problema que vivem diariamente. Segundo levantamento feito, aproximadamente 90 famílias, em média 300 pessoas residem no Conjunto Habitacional e quase todos sofrem com problemas respiratórios, principalmente as crianças.

Idalice, 34 anos é moradora do Conjunto e reside com mais 04 pessoas, sendo marido e 3 filhos, com idades entre 1 e 8 anos. “Está sendo bem difícil para a gente, pois o meu filho é alérgico à poeira e com isso, principalmente nessa época do ano é o período que mais ataca, eu percebo que em média 4 vezes por mês fica internado, pois o problema da poeira ataca a bronquite dele.”, disse.

Rita, 33 anos, é uma das 10 pessoas que residem em uma casa no Conjunto Habitacional, sendo 8 crianças, com idades entre 04 e 16 anos. “Aqui em casa tem 3 com problemas crônicos. Levo para o hospital e toda vez ficam internados. Uma com problema respiratório, outra custa respirar. Tem dias que nem falar direito ela consegue, fica com dificuldade na aula, por que não consegue conversar de tanto que fica inchada a garganta dela. A terceira criança tem problema seriíssimo de enxaqueca e faz tratamento todo mês com o médico, toma medicamento controlado toda noite e a cada dia só piora por causa da poeira. Por isso, faço um apelo para quem possa resolver nossa situação, que tenha dó da gente, que fizesse alguma coisa para ajudar, pois a questão é a saúde. O lugar é muito bom de morar e sossegado, mas a poeira não deixa, pois a saúde vem em primeiro lugar.”, disse a moradora.

Após o termino da manifestação, uma área da Aperam pegou fogo. Segundo informações, um foguete disparado caiu no matagal e o fogo se alastrou, mas já controlado por brigadistas da empresa. 

Redação

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