Nefrologista, Dra Maria Cecilia, fala dos malefícios que o diabetes pode provocar nos rins

Set 06, 2023 Escrito por 
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Olá! Como vai você?

Eu sou Maria Cecília Sales Mendes Prates, médica Nefrologista. Atualmente sou professora do curso de Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), atendo em consultório e trabalho no serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Diamantina. 

 

Mensalmente vamos falar sobre nefrologia e sobre as doenças que afetam os rins! O assunto escolhido para este mês é: diabetes e seus efeitos nos rins.

No Brasil, mais de 12 milhões de pessoas são portadores da Diabetes, sendo o 5º país no mundo com o maior número de pessoas com a doença. A diabetes, apesar de ser uma doença conhecida de nome pela população, ainda é cercada de mitos e informações desencontradas, principalmente para os portadores dessa patologia. Diferente do que muitos pensam, quem tem o problema pode ter uma vida normal, mas para isso, o acompanhamento médico, a adesão ao tratamento e a prática de hábitos saudáveis são fundamentais. 

Existem dois tipos de diabetes: 1 e 2. A tipo 1 é uma doença autoimune. Aparece geralmente na infância e adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. O tipo 2 é quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue. Esse tipo é principalmente causado pela obesidade. O diabetes é uma doença crônica silenciosa que acomete vários órgãos e pode desencadear doenças graves como: perda da visão, doenças cardiovasculares como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), dificuldade de cicatrização que muitas vezes evolui para amputação de membros e doença renal crônica. 

A doença renal é 10 vezes mais comum nos portadores de diabetes. Cerca de 44% dos diabéticos desenvolvem doença renal crônica, o que torna o diabetes a principal causa de doença renal terminal (pacientes em hemodiálise ou diálise peritoneal). A grande quantidade de açúcar no organismo faz com que os rins filtrem uma maior quantidade de sangue, sobrecarregando-os e fazendo com que estes eliminem proteína na urina (um sinal de perda aumentada de proteína é presença de espuma na urina). Com o tempo, os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue e a pessoa vai necessitar de diálise ou transplante de rim.

Os sintomas da doença renal crônica são inespecíficos e os mais comuns são: enjoo, perda de apetite, inchaço, insônia. Infelizmente, muitas vezes, só identificamos a doença em estágio avançado, com os rins funcionando muito pouco.

A sociedade brasileira de endocrinologia recomenda que os paciente diabéticos realizem uma vez ao ano a pesquisa de microalbuminuria (para avaliar se a pessoa está perdendo proteína na urina). 

O controle adequado da glicemia é muito importante para evitar as complicações causadas pelo diabetes, como a doença renal crônica, as doenças cardiovasculares e a retinopatia diabética. 

Se você é diabético, não deixe de avaliar a sua função renal. Se você conhece alguém diabético, compartilhe esta informação. Em caso de dúvidas, consulte um nefrologista – o médico dos rins.

Abraço, 

Drª Maria Cecília.

Atendimentos:

 

•Diamantina: Rua do Fogo, 400 – Centro. Tel: (38) 9.9973-1321

•Itamarandiba: Rua Santa Luzia, 85 – Centro. Tel: (38) 3521-1869 ou (38) 9.9199-5758

•Capelinha: Rua JK, 73 – Centro. Tel: (33) 35162245 ou (33) 9.91391010 

•Gouveia: Rua João Pequi, 63 – Centro Tel: (38) 9.9866-7740

Redação

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