Olá! Como vai você?
Eu sou Maria Cecília Sales Mendes Prates, médica Nefrologista. Atualmente sou professora do curso de Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), atendo em consultório e trabalho no serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Diamantina.
Mensalmente vamos falar sobre nefrologia e sobre as doenças que afetam os rins! O assunto escolhido para este mês é: diabetes e seus efeitos nos rins.
No Brasil, mais de 12 milhões de pessoas são portadores da Diabetes, sendo o 5º país no mundo com o maior número de pessoas com a doença. A diabetes, apesar de ser uma doença conhecida de nome pela população, ainda é cercada de mitos e informações desencontradas, principalmente para os portadores dessa patologia. Diferente do que muitos pensam, quem tem o problema pode ter uma vida normal, mas para isso, o acompanhamento médico, a adesão ao tratamento e a prática de hábitos saudáveis são fundamentais.
Existem dois tipos de diabetes: 1 e 2. A tipo 1 é uma doença autoimune. Aparece geralmente na infância e adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. O tipo 2 é quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue. Esse tipo é principalmente causado pela obesidade. O diabetes é uma doença crônica silenciosa que acomete vários órgãos e pode desencadear doenças graves como: perda da visão, doenças cardiovasculares como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), dificuldade de cicatrização que muitas vezes evolui para amputação de membros e doença renal crônica.
A doença renal é 10 vezes mais comum nos portadores de diabetes. Cerca de 44% dos diabéticos desenvolvem doença renal crônica, o que torna o diabetes a principal causa de doença renal terminal (pacientes em hemodiálise ou diálise peritoneal). A grande quantidade de açúcar no organismo faz com que os rins filtrem uma maior quantidade de sangue, sobrecarregando-os e fazendo com que estes eliminem proteína na urina (um sinal de perda aumentada de proteína é presença de espuma na urina). Com o tempo, os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue e a pessoa vai necessitar de diálise ou transplante de rim.
Os sintomas da doença renal crônica são inespecíficos e os mais comuns são: enjoo, perda de apetite, inchaço, insônia. Infelizmente, muitas vezes, só identificamos a doença em estágio avançado, com os rins funcionando muito pouco.
A sociedade brasileira de endocrinologia recomenda que os paciente diabéticos realizem uma vez ao ano a pesquisa de microalbuminuria (para avaliar se a pessoa está perdendo proteína na urina).
O controle adequado da glicemia é muito importante para evitar as complicações causadas pelo diabetes, como a doença renal crônica, as doenças cardiovasculares e a retinopatia diabética.
Se você é diabético, não deixe de avaliar a sua função renal. Se você conhece alguém diabético, compartilhe esta informação. Em caso de dúvidas, consulte um nefrologista – o médico dos rins.
Abraço,
Drª Maria Cecília.
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