Picada de cobra: Falta de soro antiofídico traz preocupações às cidades da região. Em Itamarandiba, ações em busca de soluções estão sendo feitas

Mar 20, 2018 Escrito por 
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Na última sexta-feira (16), Adelson Pereira Martins, de 18 anos, morador da zona rural de Minas Novas, morreu depois de ter sido picado por uma cobra. De acordo com o médico responsável pelo atendimento, o jovem veio a óbito por que o hospital da cidade não possuía, naquele momento, quantidade suficiente de soro antiofídico. O fato causou grande preocupação, não somente aos minasnovenses, mas também aos moradores do Vale do Jequitinhonha; os quais souberam que a falta do soro antiofídico é uma triste realidade em toda a região.

Diante de tais circunstâncias, o Jornal/Site Itamarandiba Hoje, esteve no Hospital Municipal Geraldo Ferreira Gandra, em Itamarandiba, e constatou que ele, também, não conta com as doses do soro; as quais são fornecidas pelo Governo Federal aos Estados brasileiros e estes, por sua vez, as redistribuem às Superintendências Regionais de Saúde.

Ciente do não envio das doses por parte do Governo, o secretário municipal de saúde, Antônio Andrade, informou que a Prefeitura de Itamarandiba tentou, recentemente, adquirir o soro antiofídico diretamente do laboratório responsável pela fabricação do antídoto. Entretanto, não obteve êxito na aquisição pelo fato de o fabricante fornecer o medicamento somente ao Ministério da Saúde. “Assim como qualquer situação que coloca a vida de nossa gente em risco a falta desse soro nos preocupa sim! Por isso mesmo, tentamos nós mesmos comprar o antídoto, o que não foi possível; e cobranças estão sendo feitas junto a SRS/Diamantina para que ao menos a dose mínima seja disponibilizada para a nossa população.”, comentou o secretário.

Com o agravante de a validade do soro ser de apenas 3 meses, no Vale do Jequitinhonha o soro antiofídico está em falta em quase todos os municípios, sendo apenas as cidades de Diamantina, Turmalina, Serro e Araçuaí a possuí-lo em quantidade suficiente para atender a demanda. Diante de preocupante situação, o secretário Andrade afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde tem trabalhado na busca de soluções, entretanto ele destacou ser de extrema relevância que a população tenha atenção e muita cautela quanto a possíveis incidentes com animais peçonhentos. “Entre os animais venenosos mais perigosos estão as cobras. As picadas atingem 80% das partes do corpo localizadas abaixo dos joelhos e 19% atingem mãos e antebraços. A prevenção sempre é o melhor remédio! Então use sempre botas de cano alto ou botinas com perneiras, bem como luvas de raspa de couro e/ou mangas de proteção nas atividades que ofereçam riscos para os braços e mãos, isso em caso de pessoas que convivem no meio rural ou trabalham em matas. Já na cidade o ideal é sempre cuidar dos quintais e lotes, já que as cobras se escondem no meio dos matos.”, alertou.

Vale ressaltar que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, divulgou, no dia 06 de março do corrente ano, Nota Informativa (Nº 43/2018) na qual explica a situação da distribuição de soros e vacinas antivenenos de rotina para o mês de março. O documento informa que em decorrência de questões jurídicas envolvendo o laboratório responsável, a produção de soros tem sido realizada de forma parcial. Por esse motivo os Estados brasileiros, incluindo Minas Gerais, estão em situação de desabastecimento. Leia a Nota, na íntegra, acessando o link: http://www.saude.go.gov.br/wp-content/uploads/2018/03/nota-informativa-no-43.pdf

Redação

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