Olá! Como vai você?
Eu sou Maria Cecília Sales Mendes Prates, médica Nefrologista. Atualmente sou professora do curso de Medicina da UFVJM, atendo em consultório e trabalho no serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Diamantina.
Mensalmente vamos falar sobre nefrologia e sobre as doenças que afetam os rins! O assunto escolhido para este mês é Nefrolitíase!
Mais conhecida pelo grande público como “pedra no rim”, a litíase ou cálculo renal é uma condição bem comum e acomete grande parte da população. Estima-se que, em média, 10% da população vai sofrer com a pedra no rim em algum momento da vida. Tem uma prevalência maior entre os pacientes obesos, hipertensos e diabéticos. É duas vezes mais comum nos homens e estima-se que, cerca de 50% das pessoas que tiveram um episódio de cólica renal terá novo episódio nos próximos 10 anos.
Sais de cálcio compõem mais de 70% das pedras nos rins. Mas como essas pedras se formam? Cerca de 80% dos pacientes com nefrolitíase formam cálculos de cálcio, a maioria dos quais composta principalmente por oxalato de cálcio ou, menos frequentemente, fosfato de cálcio. Os outros tipos principais incluem ácido úrico, estruvita (fosfato de amônio magnésio) e cálculos de cistina. O mesmo paciente pode ter um cálculo que contém mais de um tipo de cristal. A diminuição do débito urinário, secundário a menor ingestão de líquidos, promove maior tempo de permanência das partículas de cristais no sistema urinário e não dilui adequadamente os componentes da urina, que podem vir a apresentar supersaturação e cristalização. Como fator protetor, temos o citrato urinário que desempenha um importante papel na inibição da cristalização, reduzindo a formação e recorrência dos cálculos renais por se ligar ao cálcio, inibindo a nucleação espontânea e agregação de cristais de oxalato.
A nefrolitíase é um grave problema de saúde pública que atinge toda a população no mundo, podendo ser assintomática (a pessoa tem o cálculo no rim, mas não sente nada) ou se manifestar como a temida cólica renal. A dor causada pela cólica renal é classificada pela medicina como uma das piores dores que o ser humano pode sentir. Algumas mulheres relatam que a dor da cólica renal é pior que a dor do parto. A cólica renal é capaz de causar uma dor terrível nas costas ou na lateral do abdômen, podendo se espalhar para outras regiões próximas a essas partes do corpo. Ela surge de forma tão abrupta e intensa que o paciente acaba inquietamente procurando uma posição que provoque alívio, mas, infelizmente, essa posição não existe. É comum que a dor seja tão forte a ponto de provocar vômitos.
A ultrassonografia dos rins é um dos exames mais simples e é capaz de identificar a presença das pedras, além do tamanho e a quantidade das mesmas. Com o exame, também é possível saber se algum outro órgão do corpo está inflamado. Quando cálculo se encontra no ureter, a sua visualização na ultrassonografia é dificultada pela presença de gases e fezes no intestino, sendo necessária a realização da tomografia computadorizada.
Caso a pessoa apresente episódios recorrentes de cólica renal ou a formação de muitos cálculos, está indicado a investigação laboratorial para descobrir o motivo pelo qual o paciente forma tantos cálculos.
Como fator preventivo, orientamos uma ingesta hídrica adequada, redução da ingesta de sais, alimentos ultra processados, emagrecer, controle da pressão alta e do diabetes e prática de atividade física.
E ai? Gostou do nosso tema? Caso você tenha pedra nos rins ou conheça alguém que tenha, não deixe de procurar um nefrologista, o médico dos Rins!
Abraço,
Drª Maria Cecília.
Atendimentos:
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