Quem nunca ouviu na televisão que a água potável está ficando escassa? Quem nunca ouviu sobre o problema hídrico enfrentado por São Paulo ou outras grandes cidades? Não é preciso ir longe ou procurar na TV notícias assim. Na nossa região, os municípios têm sido castigados com o período seco e a redução dos níveis de seus mananciais.
Em Itamarandiba a situação não é diferente e preocupa. Segundo o encarregado da COPASA no município, Sr. Luiz Carlos Lima, a responsabilidade é da COPASA, que é a empresa responsável pelo abastecimento de água. Porém, desde o dia 1º de setembro, o forte calor tem reduzido ainda mais o volume dos mananciais. Dos 3 milhões e meio de litros de água consumidos por dia, a produção no município está caindo para menos de 2 milhões. Por isso, é preciso que a população economize a água, pois as regiões altas da cidade, repetidamente tem ficado sem este recurso hídrico.
Segundo o Sr. Luiz Carlos, está sendo realizado um paliativo, que consiste na captação da água do rio Itamarandiba (próximo à Ponte de Santana) transpondo-a para o rio Barrinha. Ele também relatou que o problema do Centro é que ele está na região baixa e mesmo quando você fecha o registro, por a rede ser de diâmetros maiores de 200mm, a rede mantém a água.
“O Conjunto Habitacional 2 sofre mais porque eles só recebem a água, após as caixas d’água do Conjunto Habitacional 1 estarem cheias. Isso também ocorre na ponta do bairro São Geraldo, como no final das ruas Amazonas, Av. Dois, São Geraldo, Artur Flávio, dentre outras. Então, enquanto não enche a parte de baixo, a gente não consegue nem com manobras, fazer a água chegar no alto nesta época.O trabalho da COPASA em Itamarandiba é 24 horas. São dois turnos e durante o dia e a noite, os funcionários vão de 4 a 5 vezes no rio para ver como está a situação do manancial para poder ligar os conjuntos. O problema com a questão hídrica está no mundo inteiro. Aqui nós somos 17 funcionários dedicados. Hoje, sábado, estamos com uma força tarefa aqui, com pessoal de Diamantina, Capelinha e Carbonita. Todos empenhados. Estamos vendo a população sofrendo, na minha casa mesmo tem três dias que não cai água na caixa. A gente está exigindo o máximo de esforço de todos para conseguirmos um maior volume de água para tratar.”, disse o Sr. Luiz Carlos Lima.
O Jornal O Vale Hoje, também procurou o prefeito de Itamarandiba, Erildo Gomes, para falar sobre a atual situação que vive o município com a falta de água. “Hoje estamos aqui em Itamarandiba com um problema muito sério de abastecimento da água da COPASA. Mediante isso, eu tomei todas as providências ao meu alcance, que foi primeiro comunicar ao encarregado da COPASA em Itamarandiba, Sr. Luiz Carlos Lima, identificando com ele os problemas de abastecimento. Eu conversei com o Sr. Vilson José de Amorim, que é o gerente do distrito do Alto Jequitinhonha, situado em Diamantina, responsável por Itamarandiba, e ele falou que as providências estão sendo tomadas, e que falta apenas uma peça que veio errada da fábrica de São Paulo para a conclusão da transposição da água do rio Itamarandiba para o Barrinha. Desde o ano passado estamos conversando com a COPASA e mais frequentemente este ano, para a resolução do problema e eles me prometeram que resolveriam até julho. O chefe do Departamento Operacional Nordeste, que fica em Teófilo Otoni, que é responsável por toda a região de Teófilo Otoni para o Norte de Minas e que chama-se Roberto Botelho, disse que acredita que logo, até dia 15, o problema estará resolvido. Este paliativo vai amenizar o problema. Segundo os dados nunca houve uma seca tão forte quanto a deste ano e muitos municípios estão passando por isso, abastecendo dia sim, dia não, ou até mesmo com mais dias de intervalo. Então o problema está sério em São Paulo, no norte de Minas, a dificuldade é geral. Enquanto não chover nós teremos muita dificuldade e teremos que fazer este revezamento.”, disse o prefeito de Itamarandiba, Sr. Erildo Gomes.
Vale ressaltar que mesmo após a chegada da água nas casas, que acontece mais no período da tarde/noite, principalmente nas partes mais baixas da cidade é preciso que não gastem a água, até que ela chegue nas casas situadas nas periferias, uma vez que muitos estão ficando sem água há dias e não tem nem como tomar um banho e preparar suas refeições.
A baixo vídeo da atual situação de uma represa que abastece Itamarandiba:
O Jornal O Vale Hoje separou algumas dicas importantes para economizar água:
