Moradores do Bairro São Geraldo sofrem com lama proveniente de loteamento e de ruas do próprio bairro

Nov 05, 2014 Escrito por 
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O problema se arrasta há anos. População reclama que em época de seca a poeira é enorme e, com o período chuvoso, a lama toma conta das residências

 

É de conhecimento de todos que Itamarandiba, ao longo dos anos, cresceu desordenadamente. A falta de infraestrutura é evidente e no período chuvoso o descaso fica mais notório.

Tem gerado grande repercussão um empreendimento imobiliário situado às margens da MG-451 (que liga Itamarandiba à Carbonita) que, por ficar nas proximidades e em nível superior ao Bairro São Geraldo, traz grandes transtornos à população dos arredores.

“Há alguns meses, patrolaram o local e abriram valas. Com isso na época da seca a poeira faltou nos matar. Mas, o problema maior veio com as chuvas. A lama desceu e invadiu as casas”, comentou uma moradora que não quis se identificar.

Os mais afetados com o grande volume de lama deslocada do loteamento e de ruas acima do referido loteamento foram os moradores da Rua Porto Alegre e Av. Júlia Goulart, ambas situadas no Bairro São Geraldo. Alguns moradores dessas vias procuraram nossa reportagem para denunciar o problema e pedir socorro. A Sra. Rosa Azevedo da Silva, de 63 anos, está indignada com a situação. Ela que mora na Rua Porto Alegre e relatou que, devido à chuva do último dia 28 de outubro, sua casa foi tomada pela lama. “Tá difícil, pois, em todas as chuvas que caem, a gente sofre com a lama. Gastando água demais e quando as contas chegam são caras”, desabafou.

NOSSA REPORTAGEM ESTEVE NA PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAMARANDIBA e recebeu informações acerca do problema que aflige a população do Bairro São Geraldo. Nos fora apresentado documentação e relatórios enviados ao Ministério Público, além de cópia do inquérito 0325.12.000014-7 no qual trata sobre o assunto. O departamento jurídico da Prefeitura explicou que o município tem buscado dialogar com os proprietários do empreendimento para tentarem, assim, resolver o problema o mais rápido possível. 

Os moradores estão sendo afetados com tal problema há vários anos, e até hoje não existe uma solução satisfatória. O Jornal “O Vale Hoje” testemunhou, no final de 2013, o sofrimento de alguns moradores que perderam bens materiais devido à lama que supostamente desceu do loteamento. Na época, em uma única madrugada, a Prefeitura retirou cerca de 8 caminhões de lama das Ruas situadas abaixo do loteamento em questão.

PROCURAMOS OS PROPRIETÁRIOS DO LOTEAMENTO e recebemos a informação que se solidarizam e pedem desculpas à população afetada pela lama, mas fazem questão de frisar que a solução do problema depende da rede pluvial, pois é de entendimento de todos que estas chuvas são reações da natureza de difícil controle por parte do ser humano e reconhecem que parte da lama é proveniente do loteamento Cidade Jardim, mas grande parte da lama é de ruas acima do loteamento no bairro São Geraldo e bairro denominado Ouro Verde. Foram mostrados documentos que comprovam que o loteamento foi aprovado, no passado, pela Prefeitura Municipal de Itamarandiba e registrado em Cartório de Registro de Imóveis desde o ano de 1992.

Segundo os proprietários, a lei vigente da época exigia apenas a demarcação de lotes e quadras, abertura de ruas e rede pluvial, informou ainda que a rede pluvial do condomínio Cidade Jardim não existe até os dias de hoje devido a falta de rede receptora que se encontra a 300 metros do loteamento.

Os proprietários têm em seu poder um projeto de rede pluvial desde julho de 2013, onde uma segunda via se encontra em poder do Ministério Público, que já acionou o executivo municipal para que se manifeste sobre o assunto, e até hoje aguarda posicionamento quanto a questão. De acordo com os proprietários, se tivessem se manifestado desde julho de 2013, certamente esse problema já teria sido resolvido parcialmente. “A infraestrutura já executada dentro do loteamento, rede de luz trifásica e rede de água da Copasa, em andamento já fora investidos cerca de R$ 2.000.000,00 milhões. Se a rede pluvial não foi executada no ano de 1992 por questões técnicas e, na atualidade, por questões técnicas e políticas,” relatou Nermiton Meira Leal.

 Sendo assim, o Jornal & Portal O Vale Hoje se solidariza com os moradores e pedimos para que autoridades e os empreendedores cheguem a uma solução definitiva, pois quem mais sofre com o descaso e irresponsabilidade de determinadas ações é a população.

Isso vale para todo e qualquer loteamento que se encontra com infraestrutura inacabada e/ou em situação irregular, uma vez que, infelizmente, em Itamarandiba estes são inúmeros, e nos dispusemos para quaisquer reclamação da população.   

 

Redação

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