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Sessenta mil almas
Sessenta mil almas
Sessenta mil correntes
Que ainda sangram
As peles negras...
Sessenta mil gemidos
De corações desolados
Clamando justiça.
Almas escondidas
Amotinadas nas velhas
Vielas e casarões...
Alheia a tudo,a sociedade
Segue sua derradeira história
Pagando seus pecados
Com uma indulgência descabida.
Esquece dos sessenta mil
Rancores destilados
Aos seus herdeiros
E usurpadores de seus legados...
Eis que no início da ladeira
Aponta um bravo cavaleiro!
Não era um negro,nem um mulato
Muito menos um capitão do mato!
Era o verbo da justiça
Empunhando a espada
Das palavras e purificando
O velho tijuco,
Acalmando assim o sangue
E agonia dos inocentes De uma era
Da cidade Diamantina.

